slam das minas n. 18, setembro/2016

a sétima edição do ano, e 18ª edição do slam das minas desde que começamos em maio de 2015, foi no recanto das emas!
a finalista foi isadora, que vai representar essa edição na final do slam das minas, em novembro (aguarde!)

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na foto, meimei bastos, uma das organizadoras, apresentando a batalha:

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mais fotos no álbum da batalha do recanto da nossa página no facebook!

domingo tem poesia falada!!

31 de janeiro tem slam das minas + slam a coisa tá preta.!
a partir das 14h na casa de cultura dandara, ceilândia norte (qnn 23, cj. j, n. 35, perto da estação terminal ceilândia)
começa cedo pra terminar cedo, domingo o metrô fecha 19h!

coisapreta+minas.jpg

programação:

14h32 – laboratório feminista de escrita criativa + produção de zines, com tatiana nascimento (inscrições gratuitas http://goo.gl/forms/HAIjHpMNQw)
15h18 – início das inscrições pras batalhas
16h23 – slam das minas (exclusivo pra mulheres y lésbicas)
17h44 – slam a coisa tá preta. (exclusivo pra pessoas negras)
18h42 – fim do evento, porque o metrô fecha 19h!

lembrando: o evento é público y aberto pra qualquer pessoa. mas pra participar das batalhas apresentando poemas, há público específico. cada poetisa/poeta pode falar (lendo ou decorado) até 3 poemas autorais, de até 3 minutos. um juri escolhido na hora vai dar as notas. quem ficar com as melhores notas numa fase vai pra próxima; na terceira & última fase, participam as/os 3 com as maiores notas da fase anterior.

antes, entre, depois das batalhas tem palco aberto pra quem recitar, cantar, paquerar, reclamar (qualquer pessoa).

a casa de cultura dandara fica na QNN 23, CJ. J, n° 35 – ceilândia norte

mais info: (61) 8195-2616 (zap/tim)
slamdasminas@gmail.com
inbox da comunidade Slam das Minas

slam das sapas – batalha no dia da visibilidade lésbica, 29 de agosto

em 29 de agosto aconteceu a quinta edição do slam das minas, na ong jovem de expressão (ceilândia norte). em celebração do dia da visibilidade lésbica, foi uma versão especial slam das sapas – a maior parte das poetisas que participaram na batalha era lésbica ou bissexual.

slam_das_sapas

as vencedoras foram bia maria, najara thalita e jaynah cristine, todas da ceilândia!!, que tão aí na foto aí embaixo junto da leticia lima, que participou da batalha também. outra presença bonita foi da poetisa e MC nathália falcão.

slam_das_sapas_vencedoras

dois dos poemas que foram falados lá naquela noite:

Já empoderou uma negra hoje?
Nathália Falcão

É o dia da mulher negra, que tal falar da solidão delas no qual VC se nega?
Eu vi VC militar e gritar que quer respeito e igualdade, mas aquela mulher de nariz largo e pele mais escura só serve pra amizade.
Aquela mulher negra sempre só serviu de mediadora, pra VC negro se encantar pela pele opressora.
Aquela mulher negra que te seduziu quando não queria algo serio, aquela que VC só queria pro carnal e escondia, tudo mistério!
Ei você do movimento! Quando te fez chegar as contas de que aquela mulher negra tem sentimentos?
Seu ego esta ferido agora, neh? Não gosta de mulher negra casada com branco, pois tem que respeitar o afrocentrado, é?
E se a única saída desta solidão é se relacionar com o opressor só pra achar um pouco mais de amor? Levanta a bandeira de um relacionamento de igualdade e se o mesmo não existir irmandade?
Respeite a solidão! Respeite aquelas que VC nao tem na mao!
E se as negras se identificam com outras negras… Mulher não esta disponível, entao respeita!
Gosta de negros no poder? Mas fica encabulado da “sua” mulher ganhar mais que você!
Me recuso a acreditar, que seu foco é outro e pelas minas tbm não pensa em lutar…
Realmente eu não posso! Ter que lutar por um espaço que devia ser nosso…
Homem preto… Já reconheceu o valor de uma mulher negra hoje?

Mesmo sendo você (Najara Thalita)

Já dizia o ditado
“Cuidado com a mão que afaga,
Pois é a mesma que bate.”

Ela dizia que me amava,
E me sorria com carinho.
Na fome, cozinhava.
E tentava me agradar.

Me mostrou o céu.
Me ensinou a nadar.
Dizia: não fique parada,
tens muito a sonhar.

Cumplicidade.
Mesmo em outra cidade,
Larguei tudo pra a encontrar.
Caminhar ao seu lado.
Afagar sua dor.
Lhe esquentar no frio
E lhe dizer que vai passar.

Era uma mulher de pele preta.
Filha de Iansã e da Força Negra.

Como toda nossa história,
Esteve na labuta desde cedo.
Lutava, batia e rebatia.
No argumento ela sabia desequilibrar
branco que mexia no seu congá.

Trazia as dores para casa,
E eu lhe passava o acalento,
chá e erva,
e muito amor para curar.

Ela tinha uma gana pelo mundo
que queria até mexer no Tempo.
Revirava o meu passado
na tentativa de ajudar.
Só que eu me calava.
Reviver o que tá marcado, só me faz piorar.

Ela não aceitava o meu presente
de pais que não saberiam
encarar
filha sapa fora do armário
“para fora de casa já!”

Ela queria acelerar o ritmo
de uma vida futura inexistente.
E comecei a lhe dizer
“Nega, sou eu.”
Mas nada parecia a relembrar.
Gritava e xingava.
Tive medo.
Na briga,
a mão que bate na parede com fúria agora
poderia ser a mão na minha cara a qualquer hora.

E pensei. Justifiquei.
Ela está apenas brava.
É apenas a personalidade dela.
É o orixá.
Não. É o inferno astral.

Também sou mulher.
Também sou preta.
E sou sua companheira.
Nega, posso aceitar que a branquitude me ache apenas isso:
uma lésbica negra;
uma categoria do feminismo interseccional
ou objeto de estudo de uma pesquisa social.
Mas não posso aceitar que você também determine
o meu próprio comportamento.
Não converso com quem me ameaça.
Mesmo sendo você.
De violência doméstica dou um basta.

slam das minas no varjão! com o coletivo das ruas

a quarta edição do slam das minas foi muito especial, porque aconteceu no varjão, uma quebrada cabulosa do DF: é de lá a rapper layla moreno, que participou da batalha e foi uma das vencedoras. a outra vencedora foi camila dark, do coletivo das ruas, que realiza um sarau todo mês lá na quebrada. em terceiro lugar ficou poliana martins.

como aconteceu junto com o sarau das ruas, teve também declamação com algumas/alguns poetas/poetisas da cidade e de outras quebradas. fernando borges, rapper e poeta que vive na estrutural, fez o lançamento de seu livro de poesia “favela como ninguém viu” lá no nosso slam.

teve também esquete teatral com o coletivo elementos pretos, apresentando alguns trechos da peça dois pretos lokos na sequência.

nossa quarta batalha aconteceu no dia 01 de agosto, pra começar bem o mês. dá uma olhada nas fotos, feitas pela sandra bethlem. no canal do slam das minas no vimeo você pode ver os vídeos, que vão ser postados (um dia… rerrerrerrerrerre).

slamvarjao_camila

slamvarjao_elementos

slamvarjao_fernando

slamvarjao_layla

slamvarjao_poli

slamvarjao_tate

slam das minas no jornal do sbt!

essa matéria foi feita no slam das minas tipo slam das pretas, que rolou no latinidades dia 24/07! tem a participação de Roberta Estrela D’Alva, a precursora dos slams no Brasil ❤

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